domingo, 17 de abril de 2011

Mossoró ocupa o 28º lugar no país em acidentes com motociclistas

FOTO:  CÉZAR ALVES

No período de 1998 a 2008, o número de mortes ocasionadas a partir de acidentes com automóvel duplicou no país. Já, com caminhão triplicou. Com ciclistas aumentou quatro vezes no período de 1998 a 2008. E, de forma trágica, neste mesmo período analisado, destacam-se os motociclistas, o que aumentou 754%. Neste cenário trágico, Mossoró se destaca. O Estudo é do Instituto Sangari, com financiamento do Ministério da Justiça.

Com 241.645 habitantes (2008), Mossoró se destaca em 28° lugar no país e o primeiro lugar no Rio Grande do Norte em mortes de motociclistas. O município que ficou em primeiro lugar foi Picos (PI), que tem 72.477 habitantes e 31.639 veículos, dos quais 20.189 motos. Nesta cidade aconteceram 29 mortes por acidente de moto, o que corresponde a 43,8 por universo de 100 mil habitantes. O que registrou o menor índice foi Tremembé (SP), que tem 40.601 habitantes e 11.618 veículos, dos quais 2.848 motos. Nessa cidade, não foi registrado uma morte em 2008.
Em Mossoró, no período analisado, circulavam pela capital do Oeste do RN 86.362 veículos, dos quais 42.501 motos. Dos acidentes registrados durante o ano de 2008 envolvendo motos, 50 pessoas faleceram, o que corresponde a uma média de 22,5 mortes por universo de 100 mil habitantes. Atualmente, Mossoró conta 259 mil habitantes e, conforme o Detran, 102.136 veículos, dos quais 50.648 motos, sem contabilizar os veículos licenciados para cidades vizinhas que convergem para Mossoró.
Num levantamento feito pela Polícia Estadual de Trânsito de Mossoró, no mês de março foram registrados 176 acidentes com motos em Mossoró. Não houve registro de mortes. Já, no mês de abril, aconteceram 84 acidentes até o dia 15, que resultaram em quatro óbitos e dezenas de feridos. Um destes casos envolveu o frentista Eliébio Morais de Medeiros, de 24 anos, que foi atropelado e morto no cruzamento das ruas Rodrigues Alves com Ferreira Itajubá, no bairro Santo Antônio. 
Já o mototaxista Everton Rodrigues, de 38 anos, está entre os que foram acidentados no mês de março e sobreviveu. Ele disse que sofreu escoriações e passou 20 dias com a perna engessada. "Parece que os motoristas são tudo doidos. Aperreados, apressados", diz o mototaxista. E conforme o coordenador do estudo, Júlio Jacobo, este crescimento anual no número de mortes de motoqueiros tende a aumentar nos próximos anos assim como o número de pedestres mortos por atropelamento tende a reduzir