terça-feira, 25 de outubro de 2011

Terra treme e deixa pesquisadores em alerta

 Desde o último dia 12 que a terra treme no município de João Câmara, que fica perto de Natal, despertando a atenção dos professores-pesquisa-dores do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte UFRN (LABSIS-UFRN), que ontem instalou estrutura especial de monitoramento da sequência de tremores e microtremores.
O coordenador do LabSis, Joaquim Mendes Ferreira, observa que tremores em baixas intensidades sempre aconteceram no Rio Grande do Norte, não só na falha geológica de Samambaia, em João Câmara, mas também na região Oeste do Rio Grande do Norte, com destaque para o município de Tabuleiro Grande. Estes, porém, não são percebidos.
No entanto, na região de João Câmara, os pequenos tremores aumentaram de intensidade. No dia 12 foram duas atividades sísmicas, registradas às 14h22, de magnitude 2.3, e outro às 14h31, com magnitude aproximada, conforme registro feito na estação internacional instalada no município de Riachuelo, distante 36 quilômetros do epicentro.
No dia 19, novamente a terra voltou a tremer às 8h e às 10h. Foram oito microtremores, sendo que o maior com magnitude de 1.9. Ao completar as dez ocorrências sismológicas, os pesquisadores da UFRN decidiram que se persistir a atividade sísmica além das estações já em operação no Rio Grande do Norte, outras serão instaladas para a região de João Câmara.
No dia 21, às 20h12, aconteceu mais um evento sísmico em João Câmara. Dessa vez foi registrado pela estação sismográfica de Riachuelo com magnitude de 2.2. "Nós havíamos sentido os tremores no dia 12, 19 e quando voltou a tremer, passamos a pensar que algum outro grande iria acontecer em seguida", relata o professor Moisés Araújo, lembrando que a orientação da Defesa Civil é correr para o quintal e não para o meio da rua.
Na manhã de ontem, 24, os moradores de João Câmara novamente perceberam tremor e, dessa vez, bem maior do que antes. A Estação Internacional de Riachuelo registrou magnitude de 2.8, às 9h38. Diante dessa nova ocorrência, os pesquisadores da UFRN se deslocaram para João Câmara para iniciar um trabalho de monitoramento.