sexta-feira, 27 de julho de 2012

Celulares no Brasil terão nove dígitos até 2016

O acréscimo do nono dígito nos celulares da capital paulista e algumas cidades ao redor deve alcançar todo o Brasil até 2016. A informação  foi dada por Eduardo Levy, conselheiro da Telebrasil.

A decisão foi feita primeiramente para a região de São Paulo pois, de acordo com Levy, o mercado já está saturado, quase atingindo o número máximo de variações de números com oito dígitos. Das 44 milhões de possibilidades, já existem, na região, 42 milhões. A previsão é que, até 2016, todos os celulares do Brasil tenham um 9 à esquerda acrescentados. Esta medida prevê uma futura saturação das demais regiões do país em relação às possibilidades de criação de novos números e, para isso, o nono dígito será acrescentado, além de padronizar os números de celulares do país.

Apesar de este acréscimo visar um aumento na quantidade de chips a ser vendidos no país, esta medida começa a ser adotada junto à punição da Anatel referente ao mau funcionamento dos serviços oferecidos pelas três maiores operadoras de telefonia móvel do país.

Veridiana Alimonti, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), afirma que a dificuldade destas mudanças não está em acrescentar um novo dígito aos números de celular. O problema é estender a possibilidade de criação de novas contas sem haver um controle e manutenção por parte das operadoras. Para isso, a advogada acredita que a implementação novo dígito nos telefones celulares do Brasil seja feito acompanhado dos planos de manutenção e melhorias sugeridos pelas operadoras que, atualmente estão proibidas de vender novos chips.

Veridiana Alimonti lembra ainda que uma das exigências da Anatel nesse plano de reforma exigida é uma projeção de funcionamento das operações de cada operadora de telefonia móvel envolvida nessa proibição para os próximos dois anos. Essa projeção será disponibilizada na internet para que os clientes possam acompanhar e conferir o cumprimento do cronograma organizado pelas empresas.

Fonte: Tribuna do Norte