terça-feira, 23 de outubro de 2012

Produtores de mel se únem para abrir mercado


apicultores
Os apicultores do Rio Grande do Norte apostam na união para vencer os reflexos da estiagem, que afeta diretamente a produção de mel.
A partir de dezembro, a produção de cerca de 6 mil apicultores potiguares e entidades ligadas ao setor, atendidos pelo projeto de Apicultura do Sebrae, serão comercializados com a marca "Potimel".
Inicialmente, a marca será vendida na Grande Natal. A medida foi adotada para divulgar, baratear custos e agregar valor ao mel produzido no Estado.
A decisão foi anunciada na sexta-feira (19), durante a reunião do Comitê Gestor do Projeto de Melhoramento Apícola, realizada no Espaço Empreendedor do Sebrae na 50ª Festa do Boi. O evento aconteceu no parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.
Para o gestor do Projeto de Apicultura do Sebrae-RN, Lecy Gadelha, a medida vem para auxiliar na profissionalização dos apicultores.
"Apesar de ser o terceiro maior produtor de mel do Nordeste, o Rio Grande do Norte tem poucas casas de mel certificadas, dentro das normas sanitárias. Estamos trabalhando nesse sentido e atualmente já temos oito unidades de beneficiamento certificadas", conta. O gestor estima que esse número suba para 80 unidades até 2014.
 
Federação apícola destaca importância da iniciativa



O presidente da Federação Apícola do Rio Grande do Norte(Farn), Giomar Lopes, acredita que a medida irá beneficiar a apicultura potiguar e deve fazer com que o Rio Grande do Norte suba no ranking de produção de mel.
"Boa parte da nossa produção, devido à falta de unidades de beneficiamento certificadas, é processada no Ceará, principalmente o mel da região Oeste, pela proximidade". Giomar Lopes ratifica que o produto que sai do RN ajuda a engordar as estatísticas de produção do Ceará, segundo maior produtor nordestino de mel. Em primeiro lugar, vem o Piauí.
Além dos prejuízos causados pela seca, que este ano deve comprometer até 90% da produção de mel do Estado, os apicultores potiguares também têm prejuízos na hora de processar o mel. Devido à falta de certificação, os produtores buscam unidades de beneficiamento de outros municípios para que o mel seja fracionado e envasado.