terça-feira, 27 de novembro de 2012

Artesão de Soledade decora jardins do IFRN/Apodi


 
A idéia do cactário surgiu em 2010 quando o diretor Marcos Oliveira sugeriu a criação de algo permanente na área à frente do Câmpus, após a desmontagem do presépio natalino feito pelo professor Nilton Xavier. A parte estrutural está sendo finalizada. Com a intervenção do artista local Claudio Sena em algumas pedras, fica faltando apenas a fixação dos bancos com mosaicos representando a fauna local. Não foi iniciado ainda o inventário florístico que catalogará as coleções de plantas, mas Nilton Xavier assegura que já existem mais de sessenta espécies entre plantas de pequeno, médio e grande porte.

Claudio José Alves de Sena, natural de Soledade, município de Apodi/RN, nasceu em 06/02/1977, porém, pela certidão de batismo veio ao mundo oficialmente em 25/12/1977. Morou por seis anos no Sítio Lagoa do Clementino, conhecido também como “Poço do Isauro” e regressou definitivamente após esse breve período a Soledade.

Seu contato com as pinturas rupestres do Lajedo de Soledade ocorreu ainda criança quando admirava os “letreiros” e ouvia os mais velhos falarem que eram pinturas feitas pelos “índios” há 300 anos. Em 1991, geólogos auxiliados por um projeto financiado pela PETROBRÁS, entre os quais, Eduardo Bagnoli, começaram a visitar a área do Lajedo e isso despertou no menino Claudio o interesse em conhecer mais sobre a região. Desconhecia as ações anteriores do pároco de Apodi Pe. Pedro Neefs e de Maria Auxiliadora (Dodora), advogada apodiense, ambos defensores iniciais da preservação dos “antigos letreiros do Lajedo”, no passado, invariavelmente ameaçados pela extração da cal e pelo desconhecimento popular.
 
 Lembra que à época foram realizadas palestras para a comunidade de Soledade explicando sobre os benefícios posteriores consequentes da salvaguarda daquele conjunto ímpar de testemunhos culturais e naturais do Neolítico. Uma das primeiras iniciativas do projeto foi a seleção e capacitação de “guias-mirins” e a construção de um museu para exposição de artefatos arqueológicos recolhidos nas áreas delimitadas pela maior concentração de vestígios humanos. De um grupo inicial formado por 30 a 40 meninos, continuaram apenas 11, Claudio seria um deles e logo começou a atuar com guia pelo Lajedo, atividade que desenvolve ainda hoje juntamente com a produção artesanal.
 
Fonte:JoseniasFreitas.