Um drama vivido por barraqueiros que oferecem serviços no Terminal Turístico da Barragem de Santa Cruz, em Apodi, se arrasta ao longo dos anos e parece não ter fim: a falta de energia elétrica no local, apesar de postes estarem instalados há cerca de 100 metros de onde as barracas funcionam atualmente.
Mesmo com as obras de construção de novas barracas no Terminal Turístico, a reclamação dos barraqueiros quanto à falta de energia é constante, já que eles são prejudicados com a demora na conclusão das obras e continuam sem o serviço elétrico.
Conforme o presidente da Associação dos Barraqueiros, Erivaldo Nobre, há quase dez anos ele trabalha no local e nunca foi autorizado a fazer a ligação elétrica para a sua barraca, o que acaba gerando para ele um gasto mensal de cerca de R$ 650,00 para manter um gerador de energia. “Aqui todo dia eu gasto em torno de R$ 20,00 para manter o gerador funcionando, sem falar na energia que eu gasto na minha casa para usar um freezer, já que tenho que trazer toda a bebida já gelada senão o gerador daqui não dá conta. Ao todo, entre óleo e energia da minha casa, eu gasto em torno de 1 mil reais todos os meses. Todo esse gasto seria muito menor se tivesse energia aqui nas nossas barracas, mas o Governo não autoriza e diz que estamos numa área de risco e aí eu pergunto qual a diferença de ligar aqui ou ali onde vai ser o novo terminal que está a alguns metros atrás?”, indaga o comerciante indignado com a situação. Os comerciantes não aceitam a justificativa do Governo de que a instalação da energia no local oferece riscos.
Atualmente dez barracas estão funcionando no Terminal provisório e apenas as de Erivaldo Nobre conta com gerador de energia. Os demais comerciantes utilizam isopor com gelo para manter as bebidas e comidas em temperaturas baixas.
Outro drama vivido pelos barraqueiros é o medo de após a conclusão das obras do Terminal e mudança para as novas barracas, outros comerciantes se apossem do local onde atualmente eles estão instalados que é bem próximo ao paredão da barragem, já as novas barracas foram construídas há alguns metros atrás de onde eles trabalham. “Se a gente sair daqui para as novas barracas, outras pessoas vão se instalar nesse local e vão ser beneficiadas por estarem mais próximas da barragem. Isso só não vai acontecer se houver uma fiscalização, mas isso eu acho bem difícil de acontecer”, diz um dos barraqueiros.
O comerciante segue listando as reclamações de todos os colegas as quais integram a associação.Ainda existe a falta de banheiros químicos, falta de limpeza e segurança para o local.
