domingo, 19 de maio de 2013

Com a lei seca número de carteiras de motorista suspensas é cinco vezes maior

 
O número de carteiras de motorista suspensas quintuplicou no Rio Grande do Norte em apenas três anos. De acordo com dados do setor de estatística do Departamento Estadual de Trânsito do Rio Grande do Norte (DETRAN), em 2012,  1.553 condutores tiveram o direito de dirigir suspenso, frente “apenas” 310 em 2010.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), quem alcança a marca dos 20 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por infrações cometidas tem o documento apreendido e perde o direito de dirigir, sendo que algumas infrações consideradas gravíssimas já podem resultar na suspensão automática da carteira.

Entre as infrações que geram a suspensão imediata está a de conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem usar capacete. Este tipo de infração, inclusive, foi causa de 1.355 autos de infração em 2012, período em que 39.541 condutores foram autuados em locais sob a jurisdição do Detran.
Dirigir sob efeito de álcool foi outra infração que fez muitos condutores ficarem sem carteira de motorista no Estado.
Os autos de infração gerados pela Lei Seca aumentaram 174,58% de 2011 para 2012, passando de um número de 657 para 1.804 autuações.
Quando um condutor ou proprietário de veículo tem sua CNH suspensa, cumpre a suspensão determinada pela autoridade de trânsito, cujo período mínimo é de 30 dias e o máximo de 12 meses. Após o cumprimento, fará uma prova de reciclagem para ter sua CNH novamente.

Diretor de uma autoescola, Wellington Alves explica que o condutor passa por um curso de reciclagem de 30 horas e, ao final, participa de uma prova teórica com 30 questões, com a obrigação de acertar 70% da avaliação.
Wellington Alves informa que o custo médio de um curso de reciclagem gira em torno de R$ 300,00.
O comandante do Segundo Distrito de Polícia Rodoviária Estadual (II DPRE) em Mossoró, capitão Maximiliano Luiz Bezerra Fernandes, disse que o aumento de suspensão de carteira deve-se muito à implantação da tolerância zero da Lei Seca. “A lei ficou mais rigorosa e os flagrantes aumentaram muito”, opinou.