quarta-feira, 12 de junho de 2013

Mais de 500 servidores municipais de Apodi ameaçam greve


Os servidores municipais da saúde em Apodi e outros segmentos ligados à administração direta poderão iniciar a partir de hoje uma greve por tempo indeterminado. A decisão será tomada em assembleia geral prevista paras as 9h de hoje na sede da Casa Paroquial e deverá promover a paralisação de mais de 500 servidores.
A informação foi repassada por Francisco Verissimo, servidor municipal da saúde e representante da comissão que vem tentando negociar com o prefeito Flaviano Monteiro o reajuste de 47,77% para a categoria. “Infelizmente, nós temos um prefeito invisível. Ele só aparece quando o assunto interessa a ele; quando é para se cobrar alguma coisa, ele simplesmente desaparece”, acrescentou.

De acordo com Verissimo, atualmente o valor repassado pelo Governo Federal para os agentes de saúde é de R$ 950,00, no entanto em Apodi, a Prefeitura repassa apenas R$ 709,00, o que vem gerando todo o descontentamento junto aos servidores. “Além de receber um piso defasado, nós só estamos conseguindo receber o valor de R$ 709,00, mais alguns adicionais, porque conseguimos a aprovação de Plano de Cargos, Carreira e Salários. Mesmo assim, já acumulamos perdas que ultrapassam os 47%, e o prefeito vem oferecer apenas 5% de reajuste. Isso demonstra falta de interesse em negociar com a categoria”, esclarece. Ele acredita que, se confirmada a greve durante a assembleia, mais da metade dos servidores municipais deverão paralisar suas atividades.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Apodi, João Bosco, chegou a afirmar que foram realizadas três tentativas de negociação com a administração municipal para reajuste de salários, mas como não houve acordo, existe a possibilidade evidente de greve.

Greve vai comprometer 50% dos servidores efetivos

A dificuldade do prefeito Flaviano Monteiro em evitar uma greve que poderá comprometer 50% dos servidores efetivos da Prefeitura de Apodi tem se mostrado cada vez mais evidente. Os seus auxiliares diretos admitem que não existe possibilidade de negociação com os servidores municipais dentro dos percentuais exigidos pelos organizadores do movimento. De acordo com o secretário de finanças do município, Elton John Alves, a proposta de reajuste de 5% linear a todos os servidores municipais foi o limite máximo que poderia ser oferecido pelo Executivo municipal. “Os recente reajuste oferecidos aos professores e outros segmentos nos impede de oferecer um reajuste maior que os 5% que o prefeito Flaviano está se propondo a pagar. Nós reconhecemos que existem perdas acumuladas nos últimos anos, mas não tem como a atual gestão atualizar essas perdas, porque vai ultrapassar o limite prudencial”, disse o secretário.

Segundo ele, os servidores estão reivindicando reajuste de 47,77%, o que está totalmente descartado. “Dentro da realidade financeira do município, o prefeito se comprometeu a garantir os 5% e mensalmente sentar com os representantes dos servidores para analisar a possibilidade de reajuste, mas eles estão com os ânimos exaltados e não querem entender a dificuldade financeira vivenciada pela prefeitura. Isso poderá trazer prejuízos a população”, acrescentou o secretário.

De Fato.Com