Mais uma vez os apodienses saíram de mãos vazias na peleja pela conquista de Campus da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Mesmo com a pressão feita durante reunião do Consuni, a decisão sobre a aprovação, ou não, ficou para o próximo dia 20 de agosto.
A estratégia, dessa vez, foi interferir na reunião do Conselho Universitário (CONSUNI), realizada no auditório da reitoria, para tentar pressionar os conselheiros a aprovarem o projeto.
A reunião se transformou, inicialmente, em uma audiência pública com a presença de quatro deputas estaduais, dois federais, vereadores, lideranças políticas e o prefeito Flaviano Monteiro.
Depois de horas de discussão e debates sem resultados práticos, a não ser mais promessas por parte dos parlamentares, o Conselho pediu que esvaziasse a sala para iniciar a votação. No lado de fora da Reitoria, os jovens apodienses, comandados pelo prefeito Flaviano, iniciaram nova mobilização, com gritos de ordem e discursos inflamados. Ao saber que a votação seria adiada, o grupo tentou fazer pressão e impedir que os conselheiros deixassem o prédio sem uma decisão positiva.
O clima ficou tenso, mas os membros do Consuni não cederam à pressão. De acordo com o conselheiro Flaubert Torquato, o Conselho decidiu adiar a decisão sobre a criação do Campus. “Não foi deliberado que ele não seria criado. Uma comissão irá se debruçar sobre algumas questões que foram levantadas na reunião e não estavam bem esclarecidas e apresentarão um parecer daqui a 30 dias quando o Consuni se posicionará definitivamente. Anote: o campus será aprovado”, garantiu Flaubert.
O reitor Milton Marques disse que a próxima reunião será no dia 20 de agosto, quando devem decidir. Todos os membros destacaram o interesse de votar favoráveis. No entanto, a mobilização não agradou a uma parte dos professores que saiu irritada com a pressão. Do outro lado, os manifestantes não gostaram de sair sem uma resposta.
Em suas palavras, o prefeito Flaviano Monteiro disse que Apodi não pode ser punido por nenhuma questão, lembrando que a cidade já foi preterida na conquista de outros institutos de educação superior. “Nós estamos aqui prontos para a batalha”, destacou, afirmando que continuará a luta em prol da Universidade.
J.Paiva
