De
acordo com dados do SEBRAE RN, a estiagem, aumento nos custos dos
insumos e, principalmente, atrasos nos repasses do Programa do Leite, do
governo estadual, fizeram a bovinocultura leiteira do Rio Grande do
Norte brecar qualquer possibilidade de avanço. Nos últimos três anos, os
produtores de leite amargaram perdas de 40% na produção, que girava em
torno de 229,4 milhões de litros de leite por ano, segundo dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) em 2010.
Para reverter o quadro negativo, as principais instituições ligadas à
cadeia produtiva criaram um fórum de discussão na Federação da
Agricultura e Pecuária do Estado (Faern) para sugerir ações que possam
minimizar os efeitos e estabelecer políticas de apoio ao desenvolvimento
do segmento, que agrega cerca de 25 mil produtores.
Na quarta-feira (2), às 8h, representantes do Sebrae, Faern,
Federação das Indústrias do estado (Fiern), Associação
Norte-rio-grandense de Criadores (Anorc), Sindicato da Indústria de
Laticínios do RN e Sindicato dos Produtores de Leite vão elaborar uma
pauta com sugestões de medidas e ações que possam ser implementadas. A
proposta é também traçar estratégias para minimizar os reflexos da seca,
considerada a pior desde a década de sessenta.