Pelo menos 1.500 prefeitos da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) preparam nova marcha à Brasília para dia 10 de Outubro. A situação financeira piorou, e a relação com a presidente Dilma azedou desde o último encontro, informa Leandro Mazzini, na sua coluna Esplanada. Ele detalha: A CNM acusa a União de calote pelos restos a pagar em obras. E a decisão do governo de desonerar de IPI alguns produtos causou efeito devastador nas contas, porque o imposto fomenta o Fundo de Participação dos Municípios. Serão R$ 8,4 bilhões a menos no FPM até Dezembro. Só a desoneração do IPI baixou em R$ 1,45 bilhão a previsão do FPM.
Hoje, 2.500 cidades sobrevivem do fundo porque não faturam impostos suficientes. A suspensão da cobrança da CIDE-combustíveis, para o governo segurar a alta da gasolina, causou revolta nos alcaides. É que deixaram de arrecadar R$ 595 milhões. O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, alerta que muitos prefeitos vão deixar o mandato com saldo negativo, por causa da Lei Responsabilidade Fiscal.