segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sindipostos destaca falta de reconhecimento com os empresários

Os representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos) destacaram, na manhã desta segunda-feira (18), a falta de reconhecimento por parte dos governantes com os altos impostos pagos por eles. De acordo com os empresários, são R$ 43 milhões por mês, em média, somente em tributos.“O Rio Grande do Norte não nos vê com a importância devida”, afirma o diretor do Sindipostos, Hermano Amorim. Já o representante jurídico do sindicato, Eduardo Rocha, informa que 52,6% do preço do combustível são impostos.“Só o governo do estado leva 27%, o que representa R$ 0,71 (centavos) por litro de gasolina. É uma carga tributária pesadíssima”, avalia. Além disso, ele citou o aumento de 2% no ICMS e os investimentos em questões ambientais.

“Os postos de Natal estão fazendo novos tanques que impedem vazamento para o lençol freático. Isso representa investimentos em torno de R$ 400 e 500 mil. Mas estamos atendendo recomendações do Ministério Público Estadual, através da promotora Gilka da Mata”, revela Eduardo Rocha.

Os representantes do Sindipostos também ressaltaram que o aumento no preço dos combustíveis é nacional, em virtude do reajuste no preço do etanol. “Neste último mês, aumentou em 43% o prelo do etanol. Estamos no período entressafra e no Brasil não tem como se alojar o álcool. Além disso, de uma forma geral, o consumo aumentou de combustível aumentou no país”, lembra Hermano Amorim. 

Eduardo Rocha comenta também que a gasolina brasileira é a mais cara da América Latina. Sobre o etanol, o representante jurídico do Sindipostos informou que os produtores do setor estão preferindo produzir açúcar ao invés de álcool, em virtude do maior lucro. “O governo federal poderia ter incentivado e orientando para deixar uma parte dessa produção reservada para o combustível”.Outro ponto abordado durante a entrevista foi a redução de preço em alguns postos neste fim de semana. Questionado por que a redução se não houve mudança de impostos, Eduardo Rocha respondeu: “esse movimento é livre, o que prova que não há cartel. O empresário pode praticar o preço que ele acha que aguenta. Mas, com certeza, para reduzir ele está tirando da margem de lucro”.