Os representantes do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Rio Grande do Norte (Sindipostos) destacaram, na manhã desta segunda-feira (18), a falta de reconhecimento por parte dos governantes com os altos impostos pagos por eles. De acordo com os empresários, são R$ 43 milhões por mês, em média, somente em tributos.“O Rio Grande do Norte não nos vê com a importância devida”, afirma o diretor do Sindipostos, Hermano Amorim. Já o representante jurídico do sindicato, Eduardo Rocha, informa que 52,6% do preço do combustível são impostos.“Só o governo do estado leva 27%, o que representa R$ 0,71 (centavos) por litro de gasolina. É uma carga tributária pesadíssima”, avalia. Além disso, ele citou o aumento de 2% no ICMS e os investimentos em questões ambientais.
“Os postos de Natal estão fazendo novos tanques que impedem vazamento para o lençol freático. Isso representa investimentos em torno de R$ 400 e 500 mil. Mas estamos atendendo recomendações do Ministério Público Estadual, através da promotora Gilka da Mata”, revela Eduardo Rocha.
Os representantes do Sindipostos também ressaltaram que o aumento no preço dos combustíveis é nacional, em virtude do reajuste no preço do etanol. “Neste último mês, aumentou em 43% o prelo do etanol. Estamos no período entressafra e no Brasil não tem como se alojar o álcool. Além disso, de uma forma geral, o consumo aumentou de combustível aumentou no país”, lembra Hermano Amorim.
Eduardo Rocha comenta também que a gasolina brasileira é a mais cara da América Latina. Sobre o etanol, o representante jurídico do Sindipostos informou que os produtores do setor estão preferindo produzir açúcar ao invés de álcool, em virtude do maior lucro. “O governo federal poderia ter incentivado e orientando para deixar uma parte dessa produção reservada para o combustível”.Outro ponto abordado durante a entrevista foi a redução de preço em alguns postos neste fim de semana. Questionado por que a redução se não houve mudança de impostos, Eduardo Rocha respondeu: “esse movimento é livre, o que prova que não há cartel. O empresário pode praticar o preço que ele acha que aguenta. Mas, com certeza, para reduzir ele está tirando da margem de lucro”.